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21 de fevereiro de 2013

"Eu te amo, Richard Parker!"

Acabei de assistir ao filme "As aventuras de Pi" e ainda não consegui sair do estado de hipnose que o filme me fez sentir. Faz tempo que eu não choro tanto por causa de um filme, e chorei do começo ao fim, praticamente durante as 2 horas e 6 minutos do filme. Ele conta a história de um menino indiano que nunca se decidiu por seguir uma religião específica, que sofreu muito preconceito na infância por causa do nomes estranho que seu pai lhe deu, "Piscina Parli", e que lutou do jeito dele ainda menininho para que os outros o reconhecessem por "Pi". Lutou quando já era adolescente contra a tristeza de ir embora do seu país deixando uma vida toda pra trás, e nela seu primeiro grande amor. No caminho pro Canadá o navio que os levava naufragou: nele estavam sua família, uma tripulação inteira de pessoas e animais, pois seu pai era dono de um zoológico e eles tentariam uma vida nova com o zoológico no Canadá. Não deu certo, e Pi perdeu todo mundo, exceto Richard Parker, um tigre de bengala, que o acompanha na angustiante tentativa de sobreviver a bordo de uma pequena embarcação salva-vidas. Os dois à sua maneira aprendem à conviver no extremo do que eles podiam, do que lhes era possível. Quando finalmente os dois encontram terra firme, já exaustos dos mais de 200 dias no mar, Richard Parker abandona Pi sem ao menos olhar para trás. Essa foi a pior dor que Pi sentiu depois de toda a tragédia com sua família, de ter tentado mudar de país, de vida. Ele mudou realmente de vida e agora estava sozinho, e nem pode dar adeus aos seus pais, ao seu grande amor, e principalmente a Richard Parker, o tigre de bengala, que ele jura que possuía alma, ele a viu através dos olhos do tigre. Animais têm alma. "Eu te amo, Richard Parker" era tudo o que ele queria ter dito. 

Esse filme me afetou muito, ele faz (re)pensar muitas coisas. Me afetou muito mesmo...

Uma das mais bonitas cenas do filme. Ótima fotografia.

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