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ISTO É UM DIÁRIO.

19 de março de 2012

"Um tempo inútil contemplando o próprio umbigo"...: Diário: dia 11

Pulei um dia, domingo, porque eu resolvi "viver" um pouco, despreocupadamente. Mas nem isso eu consigo, porque no meio da tarde de domingo me vi escrevendo o que tinha acontecido do sábado a noite até ali, no bloco de notas do celular. O domingo foi e não foi legal... e prefiro nem falar sobre. Mas eu estava com ele, e ele não estava comigo... nem quero falar sobre porque eu meio que fico mais desnorteada ainda quando estou nesse período...Sim, ele (sempre que eu falar em ele, já está subentendido que se trata do Gilmax) voltou a usar óculos, no sábado, chegou aqui em casa para me pegar todo lindão. Eu achei! E agora vou ficar mais babona ainda, oras! Coisa de gente que ama e se apaixona pela mesma pessoa todo dia. Mas hoje foi um dia legal. Acordei feliz, embora o dia estivesse quente e muito abafado, mas pude acordar tarde, e isso tem sido um luxo. Ele comprou bolinho para mim de novo! Passamos a tarde toda assistindo tv, dois filmes legais, "Assalto à 13ª DP" e "O senhor das armas". Não havia assistido nenhum dos dois. O Jared Leto está no Senhor das Armas...ain ain! Mas como sempre, ele morre antes de o filme terminar...aff, pelamorde! Quando ele vai ser protagonista de um filme, e não vai morrer por causa de drogas ou baleado? Coitado! Ai o resto do dia foi ótimo! Nem preciso comentar que eu estou me sentindo muito bem, não sei ele, mas meu coração está feliz. Eu estava conversando com a Luana antes de escrever, ai falei que hoje eu estou muito babona, e ela concordou que eu estou "muito amô"! rsrs Pois é, o amor tem dessas... ontem eu peguei umas fotos que a gente tirou numa viajem que a gente fez em dezembro passado, e olhando nós dois juntos, e vendo o olhar dele todo preocupado, todo cheio de carinho, olhando para mim, me cuidando com aquele abraço dele tão bom, isso fortalece a ideia de que há de se cuidar de si e da vida, e dos outros. 


O olhar cuidadoso...

O abraço e o beijo melhores do mundo!

Há amor, há esperança, há gentileza, embora muito no mundo se mostre ao contrário. Esse mundo está todo revirado, e ninguém sabe mais o lado direito, se bem que ninguém pode saber se vivemos o avesso das coisas. Enfim... cheguei em casa a noite, e encontrei minha mãe amorosa, e a Bebel toda manhosa e saudosa.

Bebel.
E parei para escrever enquanto fazia muitas coisas ao mesmo tempo. Acabou que mais uma vez, fiz o que eu tenho feito todos esses 11 dias de escrita direcionada: pensar na dificuldade que é parar e escrever sobre si. Porque o que eu tenho para dizer sobre mim é pouco, e acaba sendo muito, e falar sobre mim é falar do meu amor, falar também dos vazios cotidianos que eu sinto, das vivências que não precisam ser registradas porque eu só as quero dentro de mim...eu queria transformar tudo isso numa coisa pra mim, sei lá, pode ser útil escrever aqui, mesmo que eu não queira escrever certas coisas porque eu tenho medo que certas pessoas acabem lendo e não gostando do que eu tenho a dizer, ou porque realmente falar de mim é muito difícil, já que sou tão reservada...

Antes de começar a escrever, pensei numa música do Jay Vaquer, que eu não gosto tanto, mas que retrata um pouco do que eu senti essa semana.





A letra é mais ou menos assim:


"Hora dessas encontro um jeito
De ficar livre de tanto mal
Se alimenta em cada defeito
Um tempo inútil contemplando o próprio umbigo
Funcionando feito um bunker
Bem no meio desse campo de batalha
Entre aparentar alguém melhor
Ou simplesmente ser o que se pode ser
Simplesmente ser o que se pode ser
Com as fraturas expostas
Dispostas a nos expor
Fraturas expostas
Dispostas a nos expor"


Pensando bem, é mais ou menos isso. Eu acho que é um problema sentir que há problema em escrever sobre si. Faz exatamente dois anos que tenho blog, e sempre escrevi coisas minhas, coisas bem minhas, mas não exatamente um diário virtual, embora não deixe de ser. Acho que eu tenho vergonha de aparentar tão complicada, porque eu sempre achei que eu fosse óbvia demais. E nem sei mais o que dizer de mim...no entanto, "eu tenho tanto para lhe falar, mas com palavras não sei dizer...". Sabe do que mais, diário? Tenho que parar de me preocupar tanto. Me preocupo sem ser lembrada, em ser lida, por que vou ser lida, se vou ser lida, se vou gaguejar, se não sei amar, se não tenho paciência, se não consigo lembrar do texto que eu li porque fico nervosa e esqueço, se vou ter disposição para ler, se vou conseguir escrever a monografia, se as pessoas ao meu redor são ou não falsas comigo, se eu passo pouco tempo com a minha mãe, se ele compra as alianças de noivado logo, se as contas serão pagas nesse mês...Esse semestre mal começou, e já sinto um mundo incendiando ao meu redor, incendiando minha vida, e tudo o mais. Exagero? Pode ser. Sou tão geminiana! 


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