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16 de março de 2012

Desabafos, pra o coração desanuviar - Diário: dia 9

Consegui chegar antes do professor, em sala. Como antes de ontem, eu tive de correr para alcançar a topic...ainda bem eu o motorista esperou, porque tem uns que parece que fazem de propósito. Tem tanta gente que faz maldades desse tipo, mesquinharias, só para ver o mal que se instala na vida do outro, que nem sei. Não que todas as maldades do mundo não sejam mesquinharias, mas tem coisa que não dá pra acreditar. É difícil entender como certas pessoas não têm caráter suficiente para olhar no olho do outro, e só espalha coisas falsas, feias e cheias de inveja e rancor. Ser humano é isso, né? Que vergonha, meu Deus... que vergonha que Você tenha deixado que essas coisas se formassem no coração das pessoas. Mas é isso, eu nunca deixei de acreditar em Deus, e nem na força da fé, e muito menos que existe outros planos, outras realidades, e que a gente vive e revive certas coisas, no sentido de evoluir moral e espiritualmente. Mas isso não vem ao caso agora...
Passei a manhã toda com sono, portanto, preguiça e cansaço, que mal me deixaram continuar um trabalho para terça, e nem consegui fazer nada. A Aline e a Camila apareceram no Nuss hoje, e a Camila ficou um tempo conversando comigo. Descobri que ela também é geminiana haha, pois é teve um tempo que eu me ligava muito nisso, e de vez em quando ainda pergunto pras pessoas: qual teu signo? Lembro do relato de um acontecimento com o Renato Russo na época do Aborto Elétrico, que contam em um documentário do Capital Inicial, no qual o Renato foi abordado por policiais, e os “canas” pediam a identidade dele e tal, e ele olhou pra o policial e perguntou: Nossa, qual é teu signo, hein?! Rsrs Nunca sei contar causos e nem piadas, mas é engraçado, e eu achei muito parecido comigo! Conversamos muito sobre romances, nossos atuais namorados, coisas engraçadas, típicas de geminianas! Rsrs Depois a Aline voltou, a Alessandra também, e ficamos cada uma no seu mundinho, e de vez em quando trocávamos umas palavras.
A madrinha viajou hoje para Recife, visitar uma amiga, mas tenho certeza que não foi esse o motivo real! Deve ter ido ver o ex-recém-quase-atual...mas isso é bom, afinal ela trabalha muito, e já que está de férias, por que não? E fora que o clima fica menos pesado, uma semana sem clima tão pesado é menos complicado de se viver.
Não estou me sentindo muito bem, e assim como a Ismênia, que chegou no Nuss pouco antes de eu e a Alessandra irmos embora, estou agoniada com a monografia. Estou ficando irritada comigo mesmo, angustiada... vontade de fazer muito, mas tempo, paciência, inspiração, ânimo...são vários agravantes da situação. Outra coisa é que estou em plena TPM, e isso piora ainda mais... pelo menos estou indo para a faculdade, tem dias que eu não tenho ânimo de viver, e nem de olhar pra cara de ninguém. Hoje de manhã eu até estava para conversas, mas agora, enquanto eu escrevo, nem um pouco. Eu estou estressada com esse sono que não me deixa concentrar em nada, e eu preciso fazer tanta coisa...estou estressada com o Gilmax, porque eu só o vi uma vez essa semana, e embora eu saiba o porquê, me irrito, embora eu também esteja com o tempo reduzido... estou com raiva e ao mesmo tempo com muita saudade dele. Isso irrita mais ainda!
Chego em casa, e encontro minha mesa do computador toda revirada, todo dia tem sido assim, porque as pestinhas daqui de casa, a Nina e a Bebel, ficam subindo na mesa... hoje meu mouse não estava no lugar, e o cartucho da impressora estava no chão, sendo que a tampa da caixinha estava lá na puta que pariu. E para piorar, o jarro de plantas da mesa de centro estava todo revirado, o chão cheio de pedrinhas do jarro, e claro, já que minha tia viajou  e minha mãe não tem tempo, eu que tive de varrer. Ai, que raiva!!!!
Quando minha mãe chega em casa, a tarde, parece que chega trazendo um mar de estresse junto com ela. Ela vive em TPM constante, mas hoje nem tanto. Ai ela veio aqui me mostrar uns relógios: “olha aqui, Marcelle, que coisa mais linda”, ai eu olho e digo: “é, é bonito”, ai ela sai reclamando porque eu nunca digo o que ela quer escutar...pode uma coisa dessas? Por muito pouco ela já quis me crucificar...de uns tempos para cá eu tenho pensado um pouco sobre meu jeito de tratar minha mãe, às vezes, e eu acho que na verdade, eu sinto um rancor dela, por ela ter se deixado levar pelo tempo, pelas emoções, nunca ter gostado de estudar, nunca ter batido o pé e procurado um trabalho, ou ter lutado contra ela mesma...e de ter me criado presa, dependendo dela e do meu pai e das minhas tias, porque há uns 7 anos, ela adoeceu, e de repente, eu me vi quase sozinha, porque ela desde então, sempre fez questão de me dizer que pode morrer a qualquer momento. Me revolto sim, não consigo evitar, principalmente porque vejo minhas tias envelhecerem e adoecerem, e eu vou ficar sozinha? As coisas são bem mais simples quando olhadas de fora e de longe. E eu a entendo também. Tudo junto e misturado, rancor, mágoa, amor, carinho...complicado.
Mas, caraleo, como eu odeio quando as pessoas gritam, falam alto, sem necessidade, às vezes só para chamar atenção! Porra, que nojenta eu estou hoje!
(...)
A noite chegou e minhas lágrimas lavaram meu rosto. Chorei feito louca, fazendo careta, de tanta dor e sei lá mais o que que apertava meu peito. Fiquei um bom tempo no escuro, me ouvindo chorar, olhando pra janela semi-aberta, e dava pra ver o céu nublado, nublado como eu me sinto por dentro. Por causa dele, porque eu detesto quando sou iludida, quando promessas são feitas e desfeitas com a mesma facilidade com que a gente pode ir na geladeira beber água, e depois guardar a garrafa quase vazia. Tomei um remédio tarja preta da minha tia. Fui ler Bourdieu, e quem sabe, eu melhore. E é assim que termina minha sexta, do jeito que eu não queria, e como quase sempre, fico pra depois, porque é mais conveniente me deixar pra depois. Porque eu sou tão meio descartável, às vezes... porque se eu preciso, pode ser só bobagem minha, depois, depois...sempre assim. Fico aqui agora, apenas com essa dor no peito, o nariz e os olhos vermelhos de tanto chorar, e uma lasanha bolonhesa com cobertura de queijo, que me espera no forno.
Percebi que esse foi o dia em que mais escrevi. Acho que porque eu esperava mais dele, do dia, e do homem que diz me amar tanto...agora tudo terminou assim: eu me sentido sozinha, e só tendo visto ele uma vez essa semana, na quarta-feira. Mas se é para ser assim, que seja. Não quero ouvir e nem dizer “eu te amo” mais hoje.

Um comentário:

  1. Menina, Menina, vai dormir um pouquinho, que amanhã é um novo dia! E, quando deitar no travesseiro, não pensa no que aconteceu, apenas faça planos para amanhã, mas não inclua ninguém, que eles sejam seus planos!
    BJOS
    Lena

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