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15 de março de 2012

Sobre ser e estar - Diário: dia 8

Acordei de mau humor, e troquei 5 vezes de sandália antes de sair de casa. O céu parecia anunciar um dilúvio, pois em plenas 8 horas da manhã, o dia parecia noite. Antes de pegar a topic, já chovia forte, e cheguei na faculdade com as pernas da calça jeans completamente ensopadas. Cheguei a tempo, ainda bem, tenho tido muita dificuldade, AINDA, para acordar no horário certo. Adoro essa aula, sobre redes sociais. É muito gratificante ver alguém dando aula com tanta paixão, sobre um assunto que eu gosto muito, e que está me ajudando muito na hora certa. Glória Diógenes, seu nome vai para a sessão “Agradecimentos” da minha monografia, sem dúvida! Sou muito reservada, calada, tímida e o diabo à quarto, portanto, não serei capaz de agradecer o quanto ela, em poucas aulas, têm despertado em mim novos olhares, novas perspectivas de abordagem das redes sociais e dos fluxos informacionais. Não deveria fazer isso, mas assim que puder, farei um convite formal (não sei como se faz isso, mas...) para que ela esteja na minha banca, na defesa da monografia, minha primeira filha, que tem quase andado com as próprias pernas. Tem uma outra pessoa que tem sido muito importante para mim, que eu adoraria que estivesse na banca também, mas isso são outros quinhentos...
O fato é que hoje eu não estava para muitas palavras. Mas passei momentos de descontração com a Alessandra, que desde o primeiro semestre, tem sido meu braço direito, pois estamos sempre juntas; a Dória, que sempre foi tão próxima, mesmo tão distante, e agora estamos nos vendo com mais freqüência. Minha relação com ela é a prova de quanto a gente quer bem alguém, sem que se cobre nada, porque o que eu sinto por ela é totalmente gratuito, e é muito verdadeiro. E fora que somos muito mais parecidas do que a gente pensava, os mesmos pensamentos e até os mesmos problemas! Rsrs Depois veio a Vanessa, e depois o Raul, e esses dois juntos é risada na certa! E a gente conversou um pouco sobre o tempo que passou, esses quase 4 anos que passaram voando, essa vida acadêmica que foi se formando, e que já nos cobra novos posicionamentos.
A questão dos posicionamentos me deixa com medo. Lembro do que Bauman disse, citando Sartre, que a vida é feita de escolhas, repleta de incertezas, e que temos a mesma chance de errar e a mesma de acertar. E a gente erra tanto pensando que acerta, e acerta lamentando o que poderia ter feito mais... Nietzsche dizia que somos humanos, demasiado humanos...somos uma máquina de ser, como diria João Gilberto Noll. Ser é complicado. Estar mais ainda, porque a gente sente a pressão de fora dizendo que temos de ser, e não estar. Lahire citou alguém que disse que nossa consciência é a presença do outro, que se faz presente em nós...então, esse erro ou acerto, não é só meu, mas nosso?

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