AVISO

ISTO É UM DIÁRIO.

18 de abril de 2012

Por que o amor machuca tanto? Conversando com a Alessandra e a Luana ontem, eu falei que pesando amor e dor no amor, tipo, o males e os benefícios e doçuras do amor, colocando os dois na balança, eu não sei dizer quem pesa mais, e eu juro que eu queria que o lado do mal pesasse bem menos. Já sofri muito, já fiz sofrer também, porque no amor, isso existe, e nada é perfeito, nada...mas nada se compara a dor da separação, ou da mágoa de quem a gente tanto ama, da vontade de ver e ao mesmo tempo de não ver a pessoa, de querer aquele abraço perfeito que só ele te dá, ou o beijo mais profundo quem nem precisa de língua pra ser profundo, que só ele sabe, que te faz sentir a mulher mais amada, mais feliz e protegida do mundo... tava tudo tão bem, e a culpa não é só minha, se é que se pode culpabilizar alguém. Ciúmes pode ajudar a desabar um amor, uma vida, uma vivência...ainda bem que eu tenho você, diário, nessa madrugada de lágrimas, e eu não aguento mais isso, não aguento uma tristeza que já me acabo, principalmente quando é com ele. Atualmente, há dois fatores na minha vida que eu considero que dão sentido a tudo pra mim, que é meu amor pelo Gilmax, e meu amor pelo meu curso, minha vontade de escrever, de ser responsável por contribuir numa causa que é maior do que eu. Esse lance de terminar a mono acaba com qualquer um, e ainda mais quando a única pessoa que consegue te deixar bem e protegida põe em suspeita seu interesse de pesquisa, põe em dúvida tudo o que você construiu como estratégia de campo, e tal.... a pesquisa sobre sexualidade, sobre sadomasoquismo, me elegeu, e não fui eu quem escolheu a temática. E fico muito triste com isso, muito...porque são os dois motores que me movem, e se um deixa de se movimentar por causa do outro, ai desanda... minha vida gira em torno das realizações que esses dois fatores podem gerar pra mim: amor, realização, responsabilidade, enfim, n fatores. Eu queria um ombro agora, pra depositar tudo o que eu estou sentindo agora, mas ao mesmo tempo, eu me sinto tão pequena, tão sem propósito...como eu sou pequena...


Quase meia noite, quase quinta-feira... e eu pensei em silenciar, e nem lembrava que já tinha começado a escrever, na madrugada (acima). Eu ia ficar na minha, calada, sei lá...e no momento que eu falei pra mim mesma que não ia escrever, decidi que ia escrever. Pronto, eu sou louca por isso? Acho que não... mas fico feliz por mim porque isso demonstra que eu tenho tantos eus, sou caleidoscópica, polifônica, polissêmica...só sei que estou mais serena, em relação ao amor, em relação a monografia, em relação a minha mãe, em relação às pessoas mais próximas, que fazem parte do meu cotidiano. Estou mais serena... e como é bom mudar da água pra o vinho no mesmo dia... posso ir dormir com outra ideia, outra eu, mas enquanto escrevo, essa é a palavra que me vem: serenidade.

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