AVISO

ISTO É UM DIÁRIO.

17 de abril de 2012

Pensei que esse dia nunca fosse terminar. Me surpreendi com a minha força, porque pela manhã uma das pessoas que mais me importam no mundo, me magoou profundamente. Conversas longe, via msn, parece que elas doem menos? Em mim dói mais ainda...muito mesmo, e desabei em lágrimas algumas vezes durante esse dia interminável, que eu pensei que seria mais penoso, mas não foi. Eu não podia ir embora, ainda nem tinha ido almoçar no R.U... mas tive de ir, tinha reunião às 13:30 com o Cristian, e ele chegou às 14 horas, sempre charmoso com seus atrasos e explicações...ele é gente como qualquer uma de nós, embora às vezes não pareça...ele é um exemplo, muito erudito, sério, alguém que eu quero me espelhar, mas nem por isso deixa de ser alguém que ama, que sofre, que sente. Enfim, uma reflexão sobre o quanto as aparências podem enganar...a reunião correu bem, e agora eu tenho prazos reais, nas palavras do Cristian, agora é hora de desespero, pelo menos até o dia 2 de maio, quando eu tenho de entregar a introdução, o primeiro e o segundo capítulo da mono...pois é...e eu me perguntei em voz alta se eu serei capaz de terminar esse semestre...ele disse que sim, claro que sim! E eu continuo me perguntando agora, que cheguei em casa, depois de uma aula na qual cada equipe teve de apresentar um texto de outro autor, e também percebendo que eu não fico mais tão nervosa quando vou falar em público. Isso me fez sentir bem, hoje, nesse dia tão triste pra mim, porque eu consegui apresentar um texto no grupo de estudos, e consegui apresentar com o Raul e a Camila, na disciplina agora a pouco. Não tenho mais tremores, dores na barriga, e tudo o que eu sentia toda vez que eu ia apresentar um trabalho, falar em público e similares. Isso é um avanço grande, e eu sinto muito aliviada...alívio de dever cumprido. Passei a tarde na presença de pessoas tão amáveis, a Luana, Ananda, Alessandra e Fernando, e conversamos sobre os textos, outros textos, vida virtual, enfim... é maravilhoso quando a gente consegue fazer interlocuções com outras leituras, vivências...e eu soube e fiquei muito orgulhosa porque o texto da Ananda vai ser publicado, um que eu gostei tanto semestre passado que pedi pra ela me deixar ler, e ela me deu. Lindo o texto, altamente sensível. Eu até brinquei com ela que daqui a 15 anos, é uma pena que ela, no auge do sucesso, não lembre de mim...rsrs Acho que estou num ambiente rodeado de pessoas muito promissoras: Luana, Ismênia, Ananda, Aline, Raquel...e são várias as pessoas, e eu me sinto muito honrada de tê-las por perto, sinceramente. É um privilégio, porque há de se admitir que estamos reinventando os saberes no qual estamos inseridas. No fim da noite, depois da aula, eu e Luana sentamos no Nuss e conversamos para esperar minha carona pra casa, e ela esperar a hora de ir pra parada de ônibus, e a gente chorou junta pela humanidade, pela vida, pelo fato de a vida ser tão dolorida, pela dor do mundo, e que a gente sente dentro da gente, e que incomoda. Somos tão parecidas, e eu gosto muito dela, mesmo com todos os complexos, porque um dia eu fui assim, extremamente complexada, eu me torturava muito, e isso não era bom, e ainda bem que eu vi isso antes de alguma coisa muito mais séria me acontecer. E a gente falava como pequenos atos, palavras que a gente compartilha com o outro podem fazer toda a diferença, são micro afetos, micro ações, que podem sim significar muito. Pra mim, Luana, nossa conversa significou muito, e tudo o que eu vivi hoje, coisas boas e que me levaram ao desespero, significaram muito. E não sei o que esperar das próximas duas semanas, e nem sei se eu quero ver a  pessoa que tanto me magoou hoje. Amanhã é outro dia, não é? Pois então... que seja outro dia.

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