AVISO

ISTO É UM DIÁRIO.

21 de julho de 2012

Muito agoniada e nada confortável e vir aqui e apenas registrar. Estou com muitas dificuldades em saber ao certo onde escrever, aqui ou no outro blog. Tenho feito muitas anotações, mas tenho deixado elas soltas, pegando o que tiver por perto, bloquinho, folha de caderno, o pc...mas os blogs vão ficando pra traz...sei lá, acabei de escrever no outro blog sobre ter percebido o quanto é difícil ser sincera comigo, e escrever essa sinceridade em uma folha de papel. Ou onde seja. O que acontece é que sempre que eu fico de férias, e não importa se o semestre foi mais ou menos ou uma loucura, como foi esse que terminou, minha cabeça dá uma pausa, começo a ter mais tempo pra pensar em mim, na vida, nas coisas da vida, mais tempo pra madrugar, pra ficar no quase silêncio das madrugadas, e ai tudo vem de uma vez, e eu mal consigo suportar essa vontade de escrever, de registrar o que acontece comigo nessas épocas da minha vida, porque tudo é como se fosse algo espetacular que vai mudar minha vida de alguma forma. Como se tudo precisasse ser emoldurado de alguma forma. Ai vem os planos, planos que sempre passam pelo mesmo eixo: escrever, viver mais essa necessidade de escrita, de leitura, de conhecer. Mas esse tempinho só começou depois de segunda, o dia da minha defesa, que embora fosse um dos dias mais esperados do ano pra mim, também era o acontecimento que mais estava bloqueando tudo: minha vida já estava meio que um caos, ou eu estava (ainda não estou?) um caos, e só o fato de ter finalmente feito isso meio que me libertou pra outras leituras ou outras escritas, mesmo que não passe um dia em que eu não me cobre escrever no meu diário de campo, procurar meu tema pro meu projeto de mestrado...e ainda falta a versão final da minha monografia, fazer os últimos consertos.

Às vezes me sinto muito louca, louca mesmo. Mas ai eu vejo que não. A gente sempre com aquela mania de   ver as manias dos outros fazendo com que a gente sinta que não tá sozinho no mundo. Ainda, sim, ainda tô lendo Anais Nin, e a cada vez que eu paro pra ler, me sinto mais perturbada. Sei lá, ela e a Simone de Beauvoir me perturbam. A Clarice Lispector  me acalma, me embala. 

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