Abri a página pra dar entrada em mais um novo dia que passou na minha vida, e me deparei com a nova aparência do Blogger. Fiquei um tempo olhado pra tela, toda branca, em formato de folha, parecendo o Word. Gostei, ficou mais clean, mais receptivo a escrita, embora minha escrita hoje seja amarga.
Estou amarga, muito amarga. E quero ficar de cabeça baixa porque prefiro olhar pra dentro de mim, do que encarar o fora, o outro, o não-eu. Ah, como eu não queria ser assim, tão eu! E como eu disse no texto de domingo, eu sou tantas, mas olhando pra cada uma, se é que eu consigo olhar, eu não enxergo muita coisa boa. Não hoje, não agora, com a garganta queimando. Não estou com sede, porque tenho meu copo grande e vermelho, cheio de água gelada, do meu lado esquerdo. E sem querer, coloquei o copo vermelho do lado esquerdo...lembrei do meu coração, apertado, e meio gelado, por causa do frio da noite, e do frio melancólico que fiquei, depois de uma conversa, há poucos minutos. Prometi pra mim mesma não falar sobre isso, não me referir sobre uma pessoa "x", mas às vezes eu nem sinto, e já falei. Peço sinceras desculpas por sentir que respiro esse nome, e esse outro, que às vezes se confunde comigo, e às vezes eu tenho mais do que meus eus, tenho os eus do "x". Não gosto disso, não gosto de não nomeá-lo, mas é o jeito...
O dia foi de tentativas, e algumas muitas frustrações: tentei levantar pra ir pra aula de manhã, e não consegui, sentia muita cólica, dor no corpo, e cansaço de viver, de respirar, não quis me perceber vivendo, pois a partir do momento que levanto, repito o que eu chamo de rotina, e então, vivo. Vivo, logo rotinizo meus atos, minhas ações. Tentei levantar para lavar roupa, mas o mundo parecia desabar, lá fora uma das "maiores chuvas desde 38 anos" caía, e a cidade estava um verdadeiro caos. No Pici, inundações, e não só lá, em vários cantos da cidade, algumas pessoas perdiam suas casas, suas vidas ficaram literalmente líquidas, Bauman, que me perdoe a piada. Tentei comer, tentei avançar na monografia, tentei não ir pra faculdade, mas tive de ir. Tentei fazer um banner, mas acabei fazendo em casa, depois de chegar da facul (já era mais de 22 horas), tentei apresentar um texto, com o Raul e o Bruno, e só falei besteira. Também tentei ser simpática, mas não sei fazer isso. Porque eu botei na cabeça que estou amarga, quase azeda...tentei não me descontrolar, ser mais paciente, e não consegui. Tentei não falar certas coisas, mas agora escrevo isso frustrada e relutante, porque tenho de me policiar mil vezes antes de dizer alguma coisa, tanto pra não me entregar de prato cheio pra quem ler isso, e tanto pra não falar sobre quem eu prometi não falar. Dói, desculpe...mesmo que o que eu esteja sentindo seja bobagem minha, porque talvez eu nem saiba o que realmente signifique a palavra "sofrimento", mas isso é subjetivo.
Se eu fosse outra pessoa, não gostaria de conversar comigo hoje, e nem nos próximos dias, e nem gostaria de estar ao meu lado.
Mas eu fiz algumas coisas que eu tinha de fazer. E deixei de fazer muitas outras.
Estou indo dormir deprimida. E por hoje é só. =(
E acho que tô muito Luculus...
E acho que tô muito Luculus...
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