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8 de dezembro de 2011

Meu dia especial

Meu dia especial começou ontem, na verdade, quando ele chegou. Muitos sorrisos a noite toda, companhia sempre agradável, principalmente porque somos um a metade da laranja do outro. Seria por isso mesmo? Eu acho que sim, isso é fundamental. E ele não foi embora, e ficou. Meu sono de quem passou o dia fora de casa me fez deitar mais cedo do que eu normalmente deito. E ele também. Ele na sala de casa, e eu na minha cama semi confortável. Que dó eu tenho dele quando ele dorme aqui. Mas pelo menos as coisas progrediram e ele pode ficar, antes nem em sonho. No dia seguinte, que seria hoje, eu teria uma apresentação de um trabalho sobre BDSM e Lei Maria da Penha, em um evento na Universidade Federal do Ceará, um dos poucos eventos que vejo cobertura midiática. Enfim. Acordei meio que sem coragem de viver, mas eu precisava. Fiz o que deveria, e acabei chegando atrasada, pois o trânsito em Fortaleza hoje está estranho. Apresentei meu trabalho pela primeira vez pra o meu orientador, e pra uma pesquisadora da UNICAMP, cuja influencia pra mim tem sido fundamental, e isso mais do que me deixou tensa. Mas passou. Aplausos e comentários positivos. Depois uma reunião com o orientador e a professora, e mais uma vez foi mais do que rentável, as dicas, o compartilhamento de informações, o clima de coleguismo, sorrisos e gentilezas. Acho que ninguém vive sem gentilezas, e eu preciso delas para conseguir interagir. E hoje era aniversário de uma amiga muito querida. Comprei um LP para ela no sábado, mas não levei. Ela que venha aqui pegar! rsrs Sai feliz para almoçar com cinco pessoas que eu adoro, e como sempre, aprendi muito, principalmente que, de acordo com um dos meus amigos presentes, "chuva" em alemão é "gota que cai" (leia rápido, tudo junto e misturado haha), e mais sorrisos, implicâncias e modos  peculiares de demonstrar carinho. Só eles mesmo, mas enfim. No caminho de volta, compramos livros. Adoro comprar, principalmente se forem livros, e voltamos discutindo sobre a legitimidade da literatura erótica, e da pornografia. Um amigo afirmando que considera literatura erótica sub-literatura... como assim? Fiquei estressada, ficamos estressadas com ele. O "bendito-sois". A discussão ficou meio acalorada, mas deixamos de lado. Nada de muitos créditos. Coisas, coisas. Chegamos e conversamos, rimos, discutimos, fizemos planos, falamos de tudo um pouco. E sorrimos. E compartilhamos ideias, e planos, e o que deveria ser e não é, o que foi e o que não foi. Acho essencial passar o dia com pessoas que me fazem sorrir. E ainda mais que eu adoro fazer os outros rirem, por isso 35% do que eu falo é pura palhaçada. Por que eu estou escrevendo sobre isso? Porque eu estou me sentindo renovada, cheia de planos, cheia de amor, cheia de saudade mesmo que eu  tenha visto minha outra metade da laranja hoje pela manhã, mas dizer "tchau" para ele nunca foi e nunca será meu forte. Ele é meu forte, e meu ponto fraco também. Mas eu queria notificar o mundo de que eu amo o mundo, e todas as oportunidades boas e ruins que nos defrontam, nos encaram, e nos envolvem. Porque eu amo cursar Ciências Sociais, e eu amo o que eu tenho feito, me orgulho de terminar mais um semestre, e dessa vez, sentir que fui muito cobrada, mais do que nos últimos cinco semestres, e que me sai bem, e que produzi bem, e que tenho muito tempo pela frente, e que é isso que eu quero, muito muito mais do que ontem.


Marcelle Silva

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