Transições, e eu não acostumo.

Em momento algum tive pretensão de fazer dos meus blogs diários. Quando o Cristian disse que a gente deveria criar um diário, escrevendo até o final do semestre, e sabia que seria muito difícil pra mim. Mas eu não previ que todas as outras coisas seriam muito difíceis pra mim. Todas. E tudo pra mim, no meu olhar de geminiana, é tão mais intenso do que aparentemente é. Sou assim. Mas escrevendo diariamente, nessa fase tão doida da minha vida, nessa fase de transição porque traz elementos na minha vida que antes não havia, eu tenho percebido o quanto estou triste, ou o quanto estou reclamando demais, o quanto tem sido chato ser eu, ou o quanto tem sido chato estar comigo. Ah, também queria dar um sumiço nessa irritabilidade ao extremo, de todos os dias, nessa instabilidade ao extremo, de humor...mas vejo que tenho exercitado muitas coisas, tipo paciência... não sei, acho que nessa fase do jogo, não estou me saindo tão bem quanto deveria. Tô muito cansada, estressada, irritada, quero dormir até a hora que eu quiser, o dia que eu quiser, ler o que eu quiser, ir onde eu quiser, estar com o Gilmax todos os dias, ser mais paciente, ser mais controlada, mais corajosa... caramba, como é difícil isso de ter de ter responsabilidade não só por mim, mas por uma equipe, por um núcleo acadêmico, por uma vida acadêmica, porque eu não sou mais só eu, sou minhas escolhas, minhas leituras, meu tipo de aprofundamento, minhas palavras. Ter de ter cuidado redobrado com o que eu falo, com o que eu faço, me explicar, me desdobrar, ser várias e ter de ser boa em tudo o que faz... ainda não tô acostumada à ser tão solicitada, pelos familiares, pelos amigos, pelo trabalho, pelos livros, pelos percursos e caminhos...minha cabeça tá doendo muito. E ainda tem a monografia, que ainda deve ser corrigida, os dias passam e minhas angústias não. :(