AVISO

ISTO É UM DIÁRIO.

11 de março de 2013

Corrige essa dor pra mim, doutor?

Dor de coração, dessas lá de dentro, não tem conserto não. A gente pensa que acerta, sabe que erra, tenta de novo, mas volta e meia as coisas que pareciam ordenadas saem do lugar. Eu sei o quanto pra mim as coisas estão fora do lugar, eu me sinto fora do lugar, por dentro e por fora. Sexta-feira foi um dia feliz, um desses raros, embora muitos não tenham podido estar comigo, mas foi feliz, porque eu sabia que a emoção não era só minha, eu não estava só, porque um ciclo realmente estava se fechando e dando entrada para um novo. Durante a colação de grau, ora chorava, ora sorria, nunca os dois ao mesmo tempo, porque ora parecia uma coisa penosa, uma coisa decisiva na minha vida, ora uma vitória, uma emoção tão grande que mal meu coração podia abarcar. E eu fui feliz depois, vendo tanta gente que eu não imaginei conseguir juntar, mamãe e meu pai sem brigar, Gilmax, Serjão, Andressa, os meninos depois, Anderson, Wallace, Sinara, a Elidiane como minha madrinha, depois a Lyanne esperando por nós pra comemorar, a Iohana aparecendo depois e falando tanta coisa linda pra mim... mesmo que eu tenha saído do meu controle por causa da alegria, bebida na cabeça, uma mulher tão bêbada quanto eu falando coisas que eu achei que fossem pesadas demais pra o meu ego, mesmo assim, mesmo eu tendo "me passado" demais e tenha no dia seguinte acordado com uma baita de uma ressaca moral, ainda assim foi bom, muito bom.

A noite de domingo recomeçou a tristeza por um deslize meu. Ou falta de compreensão e egoísmo dele. Cada um acha que está certo, mas quem está certo? Acho que nenhum dos dois...acontece que hoje, domingo, o dia foi pesado, triste, melancólico, eu me senti muito mal, tentei enganar o relógio, quase implorei pra ele me enganar tbm, e assim o dia foi se arrastando quando eu deveria estar do lado dele, enquanto ele estava há quilômetros de mim, não sei onde, com raiva, sem querer me ouvir ou me ver, e a dor de saber disso, e mesmo assim eu negando que sabia, essa dor consumiu cada minuto que passou até a hora em que ele me ligou e tudo desmoronou. Muitas palavras mal-ditas, desentendimento, os dois achando que tem razão, pra mim não acreditava no exagero daquela situação, me sentindo incompreendida e ao mesmo tempo...ao mesmo tempo um lixo. Eu me sinto doente quando as coisas ficam mal assim, quando acho que o que ele mais queria era nunca ter me conhecido, ou algo do tipo. No final, falei que era melhor a gente não se ver mais por alguns dias... mas quanto tempo? Quanto é o tempo dele? Estamos perdendo tanto tempo com essas coisas e isso entristece e estraga muito um amor. Ele é tão precioso pra mim, tão meu, tá tão marcado dentro do meu coração, da minha mente, no meu corpo, nos meus olhos, na minha pele, que eu não consigo pensar como vai ser os próximos dias sem ele, sem o cheiro dele, sem o abraço, sem o sorriso, sem o colo quentinho... meu Deus, o que a gente ta fazendo da gente? O que eu to fazendo de mim e do nosso relacionamento? Como vai ficar? Como vamos aguentar? Quanto vamos aguentar? Não sei de nada, só que muita coisa foi dita, cabeça quente, mesmo depois das vozes mais macias, menos acusatórias mas nem por isso doloridas e causando feridas, a gente se machucou muito de novo. A saída pra mim foi isso, fiquemos longe por um tempo, e seja feliz. Eu não posso ser feliz sem a presença dele, não sou completa sem vê-lo. Meu sorriso não é o mesmo, o sol não brilha com a mesma intensidade, o dia passa mais devagar, as lágrimas sempre vêem me assaltando no meio do dia, do nada, porque meu coração sabe que ele está distante, e que ficará por tempo indeterminado. O que que eu faço? Não sei o que fazer, o que falar, como me sentir... eu queria muito que desse certo, tudo, mas não sei o que vai ser da gente. É tanto amor pra tão pouca compreensão...

Nenhum comentário:

Postar um comentário