tag:blogger.com,1999:blog-82543944775245848242024-03-12T21:40:36.663-07:00Do verbo ao desatinoA palavra é meu domínio sobre o mundo.Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.comBlogger91125tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-63621355212084011402013-07-12T00:30:00.001-07:002013-07-12T00:35:32.777-07:00<div style="text-align: justify;">
Vontades: de desistir, de dormir, de ficar acordada pra sempre, de revidar, de não revidar, de não existir, de existir, de não ser pressionada, de fazer tudo certo, de mandar pra puta que pariu e desligar, de ser eu mesma, de não precisar me justificar. VONTADE DE GRITAR, DE SUMIR, DE FUGIR. Mas, sobretudo, vontade de ficar, de estar mais presente, de ter tempo, de me sentir, de ficar bem comigo, de ser eu mais feliz, de ser. E ainda assim, é tudo hoje diferente do que eu escrevi antes. Sei lá, vontade de não ser esse fracasso que eu sou.</div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-3648855629067707912013-04-12T00:13:00.000-07:002013-04-12T00:13:37.260-07:00<div style="text-align: justify;">
Estou escrevendo sem saber desde quando não escrevo. E assim posso dizer: há quanto tempo! Faz tanto tempo que não escrevo por escrever, que nem sei mais quando foi a última vez! Quando terminar de escrever ou olhar só por curiosidade rsrs Pois bem, diário... vim aqui não pra desabafar, mas pra conversar mesmo, por companhia enquanto como meu biscoito com meu copo de leite geladinho. Estou tranquila, não fosse um sono que me puxa pra ideia de ir logo tomar banho pra dormir, mas olho pro lado e vejo um texto do Weber que tenho de ler e fazer um trabalho pra terça. É, as aulas do mestrado começaram, novas atividades estão à todo vapor, muitos planos, muitos projetos, oportunidades surgindo... estou com um pouco de medo, mas ao mesmo tempo feliz, realizada... ficar parada nunca foi o que eu quis, apesar dos meu desânimos, minhas deprês. Quanto à minha vida acadêmica, ela está me tomando muita energia, e todo esse turbilhão de coisas não estavam nos meus planos, pois eu achava que teria tempo de começar a pesquisa pra dissertação, mas o que me dissem os experientes e o que me parece, é que no primeiro ano é assim, a gente mal faz a pesquisa, só mexe aqui e acolá no projeto. Tinha bolado altos planos de leitura, mas foi tudo por água abaixo. Não sei se isso é negativo, porque tenho feito coisas bem interessantes no tempo que eu deveria estar lendo, mas fico preocupada. Tenho tido de ir todos os dias pra faculdade, tenho feito muitas coisas, tenho estado cansada demais, com sono, tido leituras densas, e assim o tempo pra realizar as atividades como leitura pra disciplina, fazer trabalhos, isso fica meio tenso demais. Acho que é normal, é o que dizem, ficar assim com essa sensação de cansaço contínuo. E só duas semanas se passaram! É só o começo. Assim como é só o início de uma outra vida que se iniciará. Os planos do cantinho só meu e dele, nossas coisas, nossa vida, tudo isso se torna a cada dia mais concreto. Começaremos a comprar nossas coisas juntos, e isso me deu um novo ânimo pra minha vida. Poder compartilhar desse ânimo com ele, com meus pais, isso não tem preço! O que me incomoda, além das coisas normais dessa fase de adaptação ao turbilhão do mestrado e da vida acadêmica fervilhando, é o fato de a mãe ainda estar internada. Ela tem feito muita falta aqui em casa, essa ausência dela, das coisas dela, me dão um arrepio de despedida, embora agora eu não tenha mais aquela mentalidade de que é o fim. Descobriram a doença dela, e estão tratando, pelo menos. Mas o que tem vindo junto com essa internação tem sido um problema aqui em casa, porque além disso, ela foi transferida pra um hospital de outra cidade. Sinceramente, sinto muito mais falta dela do que eu pensei que sentiria. Fico pensando no que ela deve ta sentindo, na dificuldade que ela tem de andar, agora, do corpo super frágil, do fato de agora ela precisar de ajuda pra comer e pra tomar banho...eu fico pensando no quanto é angustiante pra alguém se ver num estado desses, olhando pra trás, pelo que já viveu, pelas coisas que já fez, sendo do nada privada das poucas coisas que ainda podia fazer, privada de realizar atividades básicas e íntimas, como tomar banho e comer. Fico com muito medo de quando for a vez da mamãe, de ficar velhinha, entro meio que em pânico de pensar nisso, de pensar nela que, apesar dos problemas de saúde, anda, fala, é lúcida, ainda "jovem", come sozinha, toma banho sozinha, ser independente e tão extremamente sensível como ela é... não vai ser nada fácil, nem pra ela, muito mesmo pra mim, e não deve tá sendo nada simples pra mãe. Sábado faz duas semanas que ela tá internada. Não gosto dessa ausência que mais parece um outro tipo de ausência...</div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-60048250829474001732013-03-18T21:06:00.001-07:002013-03-18T21:06:37.063-07:00<div style="text-align: justify;">
Nunca estou satisfeita. A distância me deixa assim, me deixa mais insegura, muito mais. Estou muito mais insegura do que antes já fui. Eu penso que me superei durante a semana, e no final de semana volta tudo ao começo. Em ciclos, vou acabando comigo e com meu relacionamento. Acabando com ele, acabando com o que a gente sente um pelo outro. Não sei o que ele sente por mim, não consigo aceitar que ele ainda me ama como antes, porque ele já não me trata como antes. Ele me diz coisas que nunca me disse, deixa de fazer coisas que já deixava de fazer no começo, mas que já não era mais pra ter espaço para esse tipo de esquecimento. Ele acha que não posso cobrar nada, que não tenho porque cobrar nada já que fiz coisas mais sérias do que as que reclamo, portanto, ele tem mais motivos do que eu. Eu sempre estrago as coisas, ele sempre tá certo. E assim vamos vivendo, e os dias vão passando. Hoje pela manhã eu voltava da casa dele, do sábado e domingo com ele, e a noite já me trouxe a insegurança, o despeito, a raiva, o pensamento de que eu não deveria nem estar lembrando dele porque ele não está lembrando de mim, não deveria querer a presença dele porque ele já não precisa da minha, ele não precisa de mim. ELE NÃO PRECISA DE MIM, e eu convivo com essa ideia alojada na minha cabeça, 24 horas, inclusive tenho pesadelos nos quais ele me deixa por algum motivo, ele sempre me deixa, eu sempre sofro, eu sempre caiu num abismo e parece que tudo vai me fazer sofrer. Eu sofrerei de um jeito ou de outro. Ele? Eu o faço sofrer com meus sofrimentos, minha insistências, cobranças. Como sempre fico pensando no quanto eu preciso deixá-lo ir. Ele não precisa de mim. </div>
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Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-69839666810716270172013-03-11T06:52:00.000-07:002013-03-11T06:53:49.241-07:00<div style="text-align: justify;">
Dormi pouco e já estou de pé. Acordei cedo porque me acordaram com uma notícia que me incomodou muito, alguma coisa sobre eu procurar um mastologista porque o meu pai mandou que eu o fizesse, porque ele de repente decidiu que vai me "ajudar" a finalmente fazer minha cirurgia de redução de mama. Só que temos alguns agravantes, e eis o motivo de eu não ter conseguido continuar dormindo:</div>
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1) meus seios sempre foram grandes, portanto, ele poderia ter tomado a iniciativa antes;</div>
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2) farei 24 anos daqui a menos de 2 meses, e isso implica que um dia antes do meu aniversário, perderei o "benefício" do plano de saúde;</div>
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3) o tempo de recuperação de uma cirurgia dessas é de no mínimo de 3 meses. A namorada de uma amiga também precisa fazer mas também está adiando há um tempo pelo mesmo motivo que eu, e isso está no próximo item;</div>
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4) em abril recomeçam minhas aulas, e aí não poderei perder um semestre inteiro em recuperação. Já me informei sobre trancamento de matrícula e não rola!</div>
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5) por que logo agora, que tem todo esse problema de tempo, ele veio inventar isso?</div>
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Ok, vamos imaginar que ele se preocupa realmente comigo, e creio que não é tão isso, mas acredito que ele não entende que eu tenho o que fazer.</div>
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Passei esse tempo todo para aceitar a ideia de fazer a cirurgia, tudo bem, mas é preciso um pouco de bom senso da parte dos outros para comigo, e isso de vez em quando não acontece.</div>
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Outra coisa que não me deixou dormir foi o assunto de ontem. Acordei muito mais arrependida do que ontem, mas é preciso continuar, não sei como.</div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-14698066124050218942013-03-11T00:51:00.001-07:002013-03-11T00:55:26.899-07:00Corrige essa dor pra mim, doutor?<div style="text-align: justify;">
Dor de coração, dessas lá de dentro, não tem conserto não. A gente pensa que acerta, sabe que erra, tenta de novo, mas volta e meia as coisas que pareciam ordenadas saem do lugar. Eu sei o quanto pra mim as coisas estão fora do lugar, eu me sinto fora do lugar, por dentro e por fora. Sexta-feira foi um dia feliz, um desses raros, embora muitos não tenham podido estar comigo, mas foi feliz, porque eu sabia que a emoção não era só minha, eu não estava só, porque um ciclo realmente estava se fechando e dando entrada para um novo. Durante a colação de grau, ora chorava, ora sorria, nunca os dois ao mesmo tempo, porque ora parecia uma coisa penosa, uma coisa decisiva na minha vida, ora uma vitória, uma emoção tão grande que mal meu coração podia abarcar. E eu fui feliz depois, vendo tanta gente que eu não imaginei conseguir juntar, mamãe e meu pai sem brigar, Gilmax, Serjão, Andressa, os meninos depois, Anderson, Wallace, Sinara, a Elidiane como minha madrinha, depois a Lyanne esperando por nós pra comemorar, a Iohana aparecendo depois e falando tanta coisa linda pra mim... mesmo que eu tenha saído do meu controle por causa da alegria, bebida na cabeça, uma mulher tão bêbada quanto eu falando coisas que eu achei que fossem pesadas demais pra o meu ego, mesmo assim, mesmo eu tendo "me passado" demais e tenha no dia seguinte acordado com uma baita de uma ressaca moral, ainda assim foi bom, muito bom.</div>
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<br /></div>
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A noite de domingo recomeçou a tristeza por um deslize meu. Ou falta de compreensão e egoísmo dele. Cada um acha que está certo, mas quem está certo? Acho que nenhum dos dois...acontece que hoje, domingo, o dia foi pesado, triste, melancólico, eu me senti muito mal, tentei enganar o relógio, quase implorei pra ele me enganar tbm, e assim o dia foi se arrastando quando eu deveria estar do lado dele, enquanto ele estava há quilômetros de mim, não sei onde, com raiva, sem querer me ouvir ou me ver, e a dor de saber disso, e mesmo assim eu negando que sabia, essa dor consumiu cada minuto que passou até a hora em que ele me ligou e tudo desmoronou. Muitas palavras mal-ditas, desentendimento, os dois achando que tem razão, pra mim não acreditava no exagero daquela situação, me sentindo incompreendida e ao mesmo tempo...ao mesmo tempo um lixo. Eu me sinto doente quando as coisas ficam mal assim, quando acho que o que ele mais queria era nunca ter me conhecido, ou algo do tipo. No final, falei que era melhor a gente não se ver mais por alguns dias... mas quanto tempo? Quanto é o tempo dele? Estamos perdendo tanto tempo com essas coisas e isso entristece e estraga muito um amor. Ele é tão precioso pra mim, tão meu, tá tão marcado dentro do meu coração, da minha mente, no meu corpo, nos meus olhos, na minha pele, que eu não consigo pensar como vai ser os próximos dias sem ele, sem o cheiro dele, sem o abraço, sem o sorriso, sem o colo quentinho... meu Deus, o que a gente ta fazendo da gente? O que eu to fazendo de mim e do nosso relacionamento? Como vai ficar? Como vamos aguentar? Quanto vamos aguentar? Não sei de nada, só que muita coisa foi dita, cabeça quente, mesmo depois das vozes mais macias, menos acusatórias mas nem por isso doloridas e causando feridas, a gente se machucou muito de novo. A saída pra mim foi isso, fiquemos longe por um tempo, e seja feliz. Eu não posso ser feliz sem a presença dele, não sou completa sem vê-lo. Meu sorriso não é o mesmo, o sol não brilha com a mesma intensidade, o dia passa mais devagar, as lágrimas sempre vêem me assaltando no meio do dia, do nada, porque meu coração sabe que ele está distante, e que ficará por tempo indeterminado. O que que eu faço? Não sei o que fazer, o que falar, como me sentir... eu queria muito que desse certo, tudo, mas não sei o que vai ser da gente. É tanto amor pra tão pouca compreensão...</div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-32654495860081589532013-03-04T18:13:00.001-08:002013-03-04T18:16:09.337-08:00<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tremendo de raiva. De nervosa, de
cansada, de esperança, de rancor, de tudo. Eu to cheia de tudo, e tudo me enche
tanto que eu tremo. Odeio sentir isso, me sentir como uma pessoa fraca, me
sentir impotente, porque não ficar calada não adianta, é pior, mas ficar calada
é legitimar tudo isso, é amontoar tudo isso dentro de mim, é fingir que nada
acontece, que não é comigo, que não me atinge, mas me atinge tanto que cá
estou. Não sei a quem recorrer, não sei quem está certa, se há alguém certo
nessa história toda, mas toda história desse tipo é assim. São coisas que
acontecem, as pessoas são difíceis, a gente sempre pune por quem a gente sente
mais o sangue pulsar forte. Minhas veias latejam e por isso não fiquei calada,
não pude, não posso... mas também é questão de sobrevivência calar. Chorar nunca
é a solução, talvez solução não haja. Mas eu penso que pra tudo há solução, que
tudo passa, tudo volta ao antigo, de um jeito ou de outro, um dia as coisas se
ajeitam, mas a gente sempre sabe que vão se desorganizar de novo. É tudo
questão de tempo. Incomoda, mas incomoda tanto que dói, e dói bastante no
minuto que eu sinto, nos minutos, porque só vai passar um pouco depois que eu
dormir. Amanhã é outro dia, mas outro dia tendo de conviver com ela. Conviver com
tudo isso. Um dia vou sair daqui, eu preciso sair daqui!!! Precisamos ir
embora! Hoje eu simplesmente não aguento.</div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-539796854535029102013-02-21T22:50:00.000-08:002013-02-21T22:52:38.383-08:00"Eu te amo, Richard Parker!"<div style="text-align: justify;">
Acabei de assistir ao filme "As aventuras de Pi" e ainda não consegui sair do estado de hipnose que o filme me fez sentir. Faz tempo que eu não choro tanto por causa de um filme, e chorei do começo ao fim, praticamente durante as 2 horas e 6 minutos do filme. Ele conta a história de um menino indiano que nunca se decidiu por seguir uma religião específica, que sofreu muito preconceito na infância por causa do nomes estranho que seu pai lhe deu, "Piscina Parli", e que lutou do jeito dele ainda menininho para que os outros o reconhecessem por "Pi". Lutou quando já era adolescente contra a tristeza de ir embora do seu país deixando uma vida toda pra trás, e nela seu primeiro grande amor. No caminho pro Canadá o navio que os levava naufragou: nele estavam sua família, uma tripulação inteira de pessoas e animais, pois seu pai era dono de um zoológico e eles tentariam uma vida nova com o zoológico no Canadá. Não deu certo, e Pi perdeu todo mundo, exceto Richard Parker, um tigre de bengala, que o acompanha na angustiante tentativa de sobreviver a bordo de uma pequena embarcação salva-vidas. Os dois à sua maneira aprendem à conviver no extremo do que eles podiam, do que lhes era possível. Quando finalmente os dois encontram terra firme, já exaustos dos mais de 200 dias no mar, Richard Parker abandona Pi sem ao menos olhar para trás. Essa foi a pior dor que Pi sentiu depois de toda a tragédia com sua família, de ter tentado mudar de país, de vida. Ele mudou realmente de vida e agora estava sozinho, e nem pode dar adeus aos seus pais, ao seu grande amor, e principalmente a Richard Parker, o tigre de bengala, que ele jura que possuía alma, ele a viu através dos olhos do tigre. Animais têm alma. "Eu te amo, Richard Parker" era tudo o que ele queria ter dito. </div>
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Esse filme me afetou muito, ele faz (re)pensar muitas coisas. Me afetou muito mesmo...<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqu_2pH6sVFCymSc7QIyzCkAdU2UGNoOu3qI6EMBH5yfSkS-7UBF2e9CMzZ8eF4Y1sJbp6n_KFDA54nEBaWUWfp8pVuJbnWeftpZFrXHmINuz-55MGyiM3tXeEhxs8FVyKh175VIjrxxk/s1600/LIFEOFPI-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqu_2pH6sVFCymSc7QIyzCkAdU2UGNoOu3qI6EMBH5yfSkS-7UBF2e9CMzZ8eF4Y1sJbp6n_KFDA54nEBaWUWfp8pVuJbnWeftpZFrXHmINuz-55MGyiM3tXeEhxs8FVyKh175VIjrxxk/s320/LIFEOFPI-2.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Uma das mais bonitas cenas do filme. Ótima fotografia.</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-7977125098476756532013-02-20T22:59:00.001-08:002013-02-20T22:59:42.493-08:00<div style="text-align: justify;">
Mais uma madrugada e eu aqui acordada. Não porque não tenha sono, mas de vez em quando tenho preguiça de ir dormir. Antes de falar mais alguma coisa, queria pedir desculpa, diário, por ontem, pelo desabafo, pela rapidez na escrita (saiu tudo tão rápido, meus dedos no teclado estavam ágeis demais como se tentassem acompanhar os pensamentos), sobretudo pelo tom. Mais uma madrugada que me pede silenciosamente para vir aqui escrever, não sei bem sobre o que, mas aqui é meu diário, não é? Público, mas é. Sendo um diário, devo dizer que hoje acordei tarde, chorei um pouco, bem menos do que ontem, e aí de tardezinha resolvi ir no Benfica comprar minha roupa pra formatura. Comprei o vestido que eu tanto gostei quando vi na loja, vesti e ficou bem bonitinho. Ele é preto com bolinhas brancas e tem renda, bem fofo. Comprei também uma sandália e salto alto e espero sinceramente não cometer nenhuma gafe no dia, porque eu não sei andar de salto, parece que vou levar uma queda porque meu pé fica sambando na sandália. Saí mais pra ver se eu melhorava o humor, mas não adiantou muito não porque quando cheguei em casa fiquei triste. Consegui terminar de assistir Linconl e não gostei taaanto quanto achei que iria gostar. Também assisti O lado bom da vida e gostei muito, me emocionei no final. Gosto muito do Bradley Cooper, ele é ótimo, e claro o Robert De Niro é sempre ótimo! Pois minha vontade de fazer uma maratona dos filmes do Oscar tá passando, já pulei dois filmes (Argos e A hora mais escura), tentei começar a ver Os Miseráveis mas me distrai com outra coisa, e quando vi já era mais de 3:30 AM. Agora são 4 AM, e penso pra que eu venho aqui escrever. Pra que? </div>
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Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-4344364263041475422013-02-19T21:59:00.001-08:002013-02-19T21:59:32.359-08:00<div style="text-align: justify;">
Se eu tivesse a capacidade de explodir, eu toda explodiria agora. Minha cabeça dói, meu coração bate descompassado, dos meus olhos vermelhos escorrem lágrimas muito salgadas, minha boca se comprime com as lembranças das palavras ditas, das não ditas, de todas as palavras que nem lembro, das palavras que me vêem de novo na cabeça, o medo da vida, do futuro, o medo de nunca saber como lidar com o que eu não entendo, não estou preparada, me sinto horrível por ser responsável por criar abismos ao invés de pontes. Eu me sinto perdida dentro de mim mesma, e me perco em palavras que eu não deveria dizer, em pensamento que eu não deveria pensar, reclamando sempre e sempre, oscilando sempre a cada minuto. Nem eu mesma sei como vou estar daqui há alguns segundos, minutos, minha instabilidade me assusta a cada dia que passa, me sinto louca mas rodeada por uma lucidez que simplesmente arromba meu coração, minha mente, minha vida, que leva embora minha leveza, meu sorriso, e pesa o coração, aperta a garganta, o choro rola fácil, não consigo mais segurar, não consigo... não sei lidar com a vida, comigo mesma, com essa insegurança que só cresce, com o medo de fracassar na vida, de não conseguir me orgulhar de mim, de afastar as pessoas que eu mais amo, de acabar sozinha, com meus gatos, meus livros e minha falta de ânimo de viver. Meu Deus, por que isso tudo? Por que eu não consigo me sentir comigo e com os outros? Por que não me deixar uma semana bem? Eu provo de sentimentos limítrofes em um piscar de olhos, sentimentos opostos, sinto como se dentro de mim houvesse uma luta entre água e óleo, um querendo tomar o lugar do outro, querendo se misturar, transbordando, me inundando, inundando minha vida, minha alma, e eu simplesmente mal posso respirar. Sinto às vezes que talvez a morte não seja tão ruim assim, desde que eu não sinta muita dor. Eu sei que é egoísmo pensar assim, mas me desgosto tanto que me é difícil acreditar que me gostam, que alguém realmente se sente bem comigo, porque eu não me sinto mais tão bem comigo, é difícil acreditar que sou gostável. Eu mereço algum tipo de sentimento bom? Eu mereço amor? Eu sei amar? Acho que eu nem sei ser eu! Nem sei (con)viver, não sei ser filha, não sei ser amiga, não sei ser noiva, não sei...não sei, meu Deus! Não sei...</div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-49391175765996860232013-02-18T04:25:00.000-08:002013-02-18T04:28:22.632-08:00<div style="text-align: justify;">
São quase 9:30 de segunda-feira, dia 18 de fevereiro e não dormi ainda. Preocupada porque não saiu ainda o dinheiro da bolsa e ainda tem tanta coisa pra pagar, preocupada com essas minhas loucuras, preocupada com meus planos, novos planos que vem, e vem, e não me deixam dormir. Tenho um casamento pra ir em novembro, tenho minha formatura daqui há uns 20 dias e amanhã é o ensaio da bendita, estou pensando seriamente em mudar o cabelo antes de lá... tô surtando, só que não.</div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-35000828209345978282013-02-17T21:30:00.000-08:002013-02-17T22:20:54.722-08:00Ainda bem que eu fiz vc, diário!<div style="text-align: justify;">
Nunca gostei muito de aglomerações, não faz meu estilo. Acho que dentro de mim já há muita desordem pra me misturar com a desordem dos outros, mas acho que é inevitável. Acho muito bonito que alguns dos meus colegas de curso se envolvam do fundo do coração em causas que eles sentem que são deles, que são de todos nós. Eu tbm sinto que as causas também são minhas, mas me vejo e me sinto melhor reagindo de outras maneiras. Dentro de mim tenho muita desordem, mas essas desordens de vez em quando me ajudam a tentar ajudar outras desordens, as dos outros. Gosto de ouvir a Luana, a Ananda, de quando a Lyanne decide se abrir (coisa que quase nunca acontece), gosto de quando a desordem da minha mãe se organiza um pouco ou quando nossas desordens que são tão afins se afinam e a gente consegue se entender, mas fico imensamente triste quando o G. não entende esses meus estados, essas desordens, esses humores que oscilam de forma absurdamente insuportável! Tudo bem, às vezes nem eu suporto isso em mim e ninguém tem a obrigação de aturar, se nem eu mesma consigo, mas...mas... me faz sentir muito sozinha. Tenho tido muitas esperanças pra esse ano, embora tenha muito medo do meu futuro daqui pra frente: como vou me sair no mestrado, se vou conseguir estudar como devo e quero, escrever o quanto eu quero e devo, ser uma pessoa melhor pra mim e consequentemente com os outros, ser uma noiva melhor (nem sei se isso eu consigo! acho que não..), se eu e o G. um dia vamos ser realmente felizes, se eu fiz bem em ter meio que forçado a barra com o G. em ter comprados nossas alianças de noivado, se a convivência aqui em casa vai melhorar ou piorar, o que vou fazer do dinheiro da bolsa do mestrado se vou saber administrá-lo, por que eu estou pensando tanto em ter de me esforçar? Eu sei que se eu não me esforçar por mim, ninguém fará, mas pra mim, hoje, eu acho que construir uma carreira, no ritmo que eu sei que é o meu, acho que pode ser isso que eu tenho pensado tanto: escrever, tentar mostrar pra o mundo, ou pelo menos nacionalmente que eu creio que eu posso ser alguém. Não sou uma revolucionária, não saiu pelas ruas gritando ou empulhando cartazes contra aqueles que me reprimem, que vão contra o que eu acredito, mas eu acredito em outras formas, minhas formas de contribuição. Não quero parecer egoísta por não sair por aí como muitos dos meus colegas, mas não por não achar o certo, mas porque eu pessoalmente acho que há outras formas. Embora para muitos escrever/produzir não seja uma forma de combate, de luta, de resistência, eu acredito que é. Acredito que posso ajudar alguém escrevendo, como eu já fui interpelada por uma pessoa justamente porque eu escrevi algo que a ajudou a enfrentar um problema pessoal. Não acredito em mudanças bruscas porque eu me conheço o bastante pra saber o quanto é difícil pra mim ser mais paciente, respirar fundo ceder em certas situações, e não tenho impulsos de matar, de gritar, de maltratar animais ou coisas do tipo, eu apenas embruteço meu coração, minha voz, meus olhos, emburreço a cara e machuco com palavras, o que na maioria das vezes eu faço pra me defender da dor que eu sinto, muitas vezes uma dor já crônica, porque muitas vezes me chateio com coisas mínimas que trazem coisas grandes, e aí desconto da mínima coisa um mundo de coisas que me aconteceram e que eu acho que me acontecerão. Se eu sou assim, imagino o resto das mais de 7 milhões de pessoas que existem por aí, que diferente de mim, matam, roubam, ferem de todas as formas, maltratam crianças, animais, bebês, idosos, sonhos alheios...fico pensando que já que o mundo é tão grande e tão povoado, se eu puder modificar uma ideia, um sentimento, qualquer coisa que seja, pelo menos por 2 segundos, 10 minutos, ou um dia inteiro, eu fico satisfeita porque isso já é uma contribuição. Sei que toda vez que magoo meu próximo, que me revolto por bobagem, que me martirizo, estou diminuindo minhas chances de salvação, se é que isso existe... mas minha maneira de tentar salvar um pouco do mundo é amando meus gatinhos, me emocionando com filmes porque eu sei que tudo no mundo é energia e se uma energia boa emana de alguém em um ambiente esse ambiente fica mais leve (aqui em casa precisa de leveza mais do que de dinheiro eu acho), compartilhando meus pensamentos como agora, mesmo que há 10 minutos atrás eu estivesse estudando lendo um livro de antropologia que eu já deveria ter lido há pelo menos 2 anos (e me arrependendo amargamente, mas ainda há tempo!), tive o ímpeto de escrever isso agora. Fico agora pensando no tempo que perco longe de pessoas reais, de contato face a face, mas penso no que eu posso estar tentando construir com esse distanciamento. Estou perto porém tão longe, me sinto só mas tão útil no mundo e ao mesmo tempo tão acomodada...fico pensando demais no que as pessoas podem pensar de mim, que nunca trabalhei na vida (nem carteira de trabalho eu tenho ainda!), mal sei andar sozinha na cidade que eu nasci, não vou ao centro da cidade sozinha de jeito algum, sou insegura, não sei reagir a elogios, não sei reagir a "não" e mal sei dizer "não". Fico pensando nas minhas tentativas bobas de expressar o que eu penso e sinto pras pessoas e na minha incapacidade de dizer pra minha própria mãe que eu preciso de ajuda médica, de abrir meu coração pra o meu próprio noivo, o que eu já não faço porque sei que ele não me entende, não acredita quando digo que tenho depressão ou qualquer problema do tipo, pra ele tudo é passageiro... eu sei que tudo passa, mas Deus! Como eu tenho ciúmes do W., como eu sinto dor no coração quando o G. abraça ele e adula e fica pedindo pra ele fazer as coisas com ele, tentando animar ele, como ele nunca fica com raiva dele, quando ele disse que tinha comprado cervejas SÓ pra ele beber, sendo que eu estava lá, eu havia ia comprar com ele e era pra todo mundo curtir junto, mas o G. disse isso... eu juro que eu sei que é pura idiotice da minha parte tentar entrar ou comparar com uma relação tida pelo G. como de pai e filho, se eu cheguei na história há apenas 8 anos...há apenas 8 anos eu entrei na vida deles e eu quero um espaço que nunca vai ser meu! Nunca vou ser protegida como ele o protege, nunca poderei contar com o G. como o W. pode contar, nem quando eu mais precisei, nem quando eu achava que ia ter um filho antes mesmo de ter condições de planejar (e graças a Deus era só um problema no atraso da menstruação), e eu tive tanto medo de como tudo ia desabar na minha cabeça, e me dói só de lembrar que a primeira vez que fui a um laboratório fazer um exame BetaHCG, me sentindo completamente apavorada como eu tava, chovendo, com meu coração em brasa, eu estava sozinha, não havia mão do meu lado pra apertar e nem um olhar me dizendo pra ter calma...ai, eu sei, eu sei... guardo muitas mágoas, sou rancorosa, e é como eu acabei de dizer, sempre que tenho uma chateação boba, um mundo de chateações me voltam, e eu acho que uma pessoa assim nunca pode ser uma pessoa feliz. Eu nunca serei feliz, é isso? Mas mesmo perdendo a esperança nas pessoas, ainda tenho esperanças de que posso criar esperanças na vida de alguém, seja com meus textos, com minha tentativa de fazer ciência, com o pouco de amizade que eu posso dar. Ainda sou tão humana e posso dar tanto amor e esperança, mesmo que com meus dedos, que até sinto melhor. A vida é assim, a gente nunca pode abarcar o mundo com as mãos, as pernas, as palavras, mas pode abraçar alguém, que pode repassar o abraço, que pode passar adiante, e por sua vez passa a diante, e aí que a vida se define: como uma grande tentativa de conexão.</div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-27139889923961867882013-02-14T20:51:00.000-08:002013-02-14T20:54:10.049-08:00<div style="text-align: justify;">
Voltei depois de 5 dias fora de casa. Nunca mais tinha contado os dias pra que chegasse um feriadão como contei pra que chegasse esse, porque eu queria muito sair de casa, me desligar do mundo e me enclausurar com o Gilmax. Fui pra casa dele no sábado, e nem foi um enclausuramento, mas ficar tanto tempo perto dele me faz muito bem, mas na hora de ir embora dói um pouco. Essa noite o ronco dele não me incomodou, e não foi o motivo da minha insônia, pelo contrário, o amor que eu sinto por ele só aumenta e naquela hora, sem conseguir dormir e olhando pra ele do meu lado dormindo, eu só conseguia amar muito e me emocionar com isso, e pensar em como a gente sempre reclama tanto da vida, e como a gente dificulta tudo...</div>
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Como sempre, eu volto pra casa e só de chegar aqui já sinto o peso do ar, a leveza de antes vai embora e fico irritada. Tem algumas manias do povo daqui de casa que não dá pra se acostumar, pelo contrário, com o tempo só piora e se torna ainda mais insuportável. Me irrita. Ultimamente tenho tido insônia todas as noites, tenho dormido mal, e eu tenho sentido que isso tem me feito mal, acordo mais mal-humorada e com dor de cabeça e sem ânimo, e foi assim que eu acordei hoje a tarde, já que não dormi mais de uma hora de noite, cheguei cedinho da casa dele e fui dormir. Levantei e me irritei com o calor grande que tá fazendo, me irritei com a hora, me irritei com o fato de as pessoas aqui só falarem gritando, me irritei porque minha mãe manchou uma das minhas calças jeans que eu mais uso e gosto de tinta de cabelo, me irritei porque o peixe tava quase cru. Comi mal, e saí mais de 16 horas da tarde no sol pra pegar a topic e ir pra faculdade, pra o último dia de aula. Acontece que não teve aula, mas ficar lá no Nuss valeu a pena.</div>
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Fiquei sozinha um tempo por lá, pensando na vida, tentando recomeçar o meu ano, fazer alguma coisa de útil, mas com o coração cheio de rancor e uma cara amarrada que é até normal pra quem me ver pelos corredores das CS. Depois de um tempo chegou a Luana e o Fernando, e aí tudo mudou. Eles trouxeram com eles os problemas deles, as inseguranças, as esperanças, os corações cheios de prosa e poesia, cheios de doçura e melodia, e aí meu coração foi voltando a amolecer, e fui esquecendo a irritação. Eu ficava mais calada do que falando alguma coisa pra eles, só escutando e olhando pra eles, e pensando no quanto eu tava grata pela presença dos dois, pelas poesias que a Luana tava caçando na net dos poetas mais lindos, pela cara de contemplação do Fernando ouvindo a Luana recitar os poemas e quando ele balança a cabeça em concordância com algum pensamento dele, ele me mostrou uma postagem no blog da Thaila, uma postagem dos dois, e aí eu fiquei mais grata ainda por tê-los por perto. Gente, que coisa linda ter poetas como eles perto! É incrível e às vezes inacreditável que existam pessoas assim na vida real, que existam Luanas, Fernandos e Thailas na vida, na minha vida, e que me fazem sentir que a gente não pode se deixar abater! Não podemos naufragar, meus queridos, não podemos! Não afundem! Não afundemos! E tudo o que eu queria na tarde de hoje era abraçar o três ao mesmo tempo e chorar de agradecimento pela vida deles, pela minha vida, pela vida do Gilmax, pela vida da minha mãe, pelo amor que existe no mundo! </div>
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Queria conseguir decifrar e explicar o que eu to sentindo agora, o que eu venho sentindo durante o dia, mas é tão forte, tão sem explicação, eu consigo apenas sentir. E é amor, é gratidão, é sobretudo ESPERANÇA.</div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-52905913779057779602013-02-05T22:54:00.001-08:002013-02-05T22:59:20.190-08:00<div style="text-align: justify;">
Mais uma noite de insônia na mesma semana, agora somam três. Isso meio que me preocupa, fico pensando em como isso vai me afetar a longo prazo... Às vezes é bom, outras vezes não. Nos últimos dias tenho tido muitas ideias, mas essas ideias não saem da cabeça para o papel, são sobre como e quando começar a dissertação, as chamadas de artigos, escrever resumos pra eventos, escrever um livro (essa ideia tem me atormentado muito esse ano...), escrever e escrever... minha vida acadêmica tem consumido meus pensamentos, tem meio que sido o centro dos pensamentos principalmente quando estou pronta pra ir dormir, não sei se por culpa porque ao invés de ir fazer os últimos trabalhos do semestre eu estou pensando no que eu tenho de fazer (ao invés de colocar a mão na massa!), ou por ansiedade (pode ser, sempre fui muito ansiosa), ou por medo, ou também por causa do calor... não sei! Só sei que minha cabeça tá fervilhando há alguns dias e acho que isso só vai piorar! Por um lado isso é maravilhoso, sinal de que muitas oportunidades vão surgir e isso vale muito a pena, mas por outro fico assim, cansada, com dor de cabeça, o corpo não respondendo à mente porque ela fervilha enquanto meu corpo dói...deve ser ansiedade! Fico pensando no trabalho que deu escrever minha monografia, no quanto eu tenho sentido falta daquela animação toda misturada com desânimo e cansaço da época em que eu tava escrevendo, e fico pensando no pouco tempo que vou ter pra escrever a dissertação, que embora esteja meio caminho andado porque eu sei mais ou menos o que fazer e como fazer, tive muito mais tempo pra amadurecer o tema e nem foi o suficiente pra mim. Nunca é suficiente, mas enfim... fico pensando nos meses que antecedem o início das aulas do mestrado, e fico com medo desse mundo novo no qual eu já faço parte, fico com medo de não saber como agir e ao mesmo tempo fico pensando no quanto eu sou tão boba! Fico pensando no quanto me sinto feliz por saber do que eu gosto, por gostar de onde eu estou hoje em dia, do NUSS, do que eu tenho vivenciado depois que entrei lá, das oportunidades, dos diálogos que eu comecei por causa do NUSS, por causa do Cristian, por causa das meninas. Penso nas coisas que aconteceram no ano passado, que por um lado abriu um foço entre mim e algumas pessoas, que me fizeram ficar próxima de outras...não sei... só sei que fico muito feliz mesmo por estar onde eu estou, por ter conseguido o pouco que eu consegui, que pra mim é muito porque eu sei as minhas limitações. Assim como na época do colégio quando as pessoas me elogiavam que eu era a melhor aluna isso e aquilo, hoje em dia ainda fico pensando como e porque as pessoas ainda têm essa mentalidade sobre mim... é meio louco e nem sei escrever sobre isso aqui, talvez porque é aqui, embora eu ache que ninguém vai vir aqui e ler isso, mas eu acho estranho até hoje ser elogiada pelo que eu faço porque eu sempre acho que eu posso superar o que eu fiz, sempre acho que não fui boa o suficiente e sei que não sou porque algumas pessoas já deixaram isso claro. Não que eu me importe com o que essas pessoas pensam, mas incomoda de qualquer forma, sempre me incomoda saber que alguém não gosta de mim ou algo do tipo... embora eu goste de verdade de poucas pessoas...ah, to me achando muito "subjetiva" e isso já tá me incomodando! hahaha me incomodo muito comigo mesma e acho que devo incomodar muita gente! Não sei porquê...são quase 4 horas da manhã e ontem fui dormir mais ou menos esse mesmo horário... o sono ainda não veio, já tô morrendo de calor, ainda com dor de cabeça, dor nas costas, mas é isso aí... amanhã tenho de terminar o último trabalho do semestre mas a preguiça tá GRANDE! Me sinto muito culpa, mas acho que é normal... </div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-9983087174231036622013-02-04T23:17:00.002-08:002013-02-04T23:17:30.889-08:00<div style="text-align: justify;">
Madrugando depois de tanto tempo, alguns dias, mas parece uma eternidade! Nas últimas semanas não tenho tido tempo de ficar assim, quase que despreocupadamente madrugando, escrevendo, pensando ou mesmo sentindo o peso do dia e das coisas dentro de mim, ponderando as palavras ditas e não ditas... enfim. </div>
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Voltei pra casa hoje de manhã cedo e fui dormir, não consegui ir pra faculdade porque não consegui dormir mais do que 1 horas durante a noite. Insônia. Dormi até de tarde, acordei e demorei muito a tomar banho: fui lavar toda roupa da semana passada e do fim de semana fora de casa, fui comer e vim ligar a net. Tomei banho e decidi recomeçar o dia, embora já fosse quase noite. A noite passou enquanto eu tentava colocar minhas coisas no lugar, meu guarda-roupas revirado. Hoje ele não veio, mas amanhã virá! Fui deitar e não consegui dormir, e cá estou depois de algumas horas ajeitando o outro blog. Redescobri partes de mim que eu nem lembrava que tinha guardado, pedacinhos em palavras, fotos... senti saudade de mim, do que eu era, e me orgulho de ter escrito e guardado essas coisas. Algumas apaguei porque não me dizem mais respeito, outras tenho prazer em deixar pra posteridade! Sinto como se eu fosse uma outra pessoa, e eu tenho fé em mim, hoje isso me ficou claro. Não sei se é só hoje, mas tenho fé em mim e nos meus planos pra 2013. Tenho tantos planos... </div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-77617095930035842782012-11-02T16:35:00.000-07:002012-11-02T16:35:54.719-07:00Sexta-feira, feriado de finados.<br />
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E é isso, é importante escrever porque as lembranças são muito valiosas. Queria conseguir fazer isso sempre, mas nem sequer essa ideia me passa pela cabeça quando eu acho que estou bem.<br />
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Diário, estou escrevendo hoje apenas porque vi isso em um seriado que acabei de começar a ver. Sobre diários. Sobre tentar se superar. E eu me sinto meio louca, como disse alguém só de brincadeira: eu sou volátil demais.<br />
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Queria não estar me sentindo sozinha. Queria não estar me sentindo inútil.<br />
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Ontem tudo era diferente. Há 3 horas atrás tudo era diferente. Agora não mais.Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-46323882953495418002012-10-29T17:45:00.000-07:002012-10-29T17:45:07.932-07:00Meu diário, meu depósito de frustraçõesSempre alguma coisa pra reclamar, é assim a vida. Ou eu reclamo mais do que deveria, ou eu tenho sérios problemas de convivência com as pessoas, ou eu tenho problemas de viver, ou eu sou uma ingrata e mal agradecida, ou sei lá o que!<br />
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Só sei que eu sempre escrevo, pelo menos ultimamente, como descarrego. Tenho tido necessidades, muitas necessidades, e acho que de certa maneira, algumas eu tenho conseguido suportar, outras eu consegui alimentar, mas outras ficam que nem ferida, e uma delas me fez querer escrever.<br />
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Há mais ou menos uma semana uma mudança na minha rotina me fez cair no chão do meu mundo, enquanto eu flutuada em outras preocupações, em outras necessidades, a necessidade de espaço, de privacidade que eu nunca tive, de tanta tanta coisa me vem à tona. Odeio que me quebrem minhas rotinas... olhe não sou alguém muito difícil de conviver, mas desde que eu tenha meu tempo respeitado, tenha minha individualidade respeitada, eu aguento mudanças, mas de outra forma, por obrigação, de supetão, pá pum, é demais pra mim! Tem tanta coisa que para muitas pessoas é tão pouco ou quase nada, e pra mim é um início de armagedon!<br />
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Pois bem, tenho vivido dias estressantes porque começou o semestre e tenho tido desânimos repentinos, vontade de não ver certas pessoas que eu sei que tenho de ver, sem vontade de sorrir para algumas pessoas por conveniência... eu odeio esse tipo de falsidade, de tentar manipular uma coisa que pra mim é tão rara e importante, que é meu sorriso (se vc me vê em casa, sozinha, posso ficar dias e dias sem sorrir, porque aqui em casa há mais motivos para ficar séria ou melancólica do que pra sorrir). Outra coisa é a seleção do mestrado. Quarta é a prova da segunda fase da seleção, e justamente nos dias anteriores, que eu devo ter paz pra estudar/revisar as coisas, eis que me jogam na cara uma mudança brusca na minha vida, e essa mudança eu mal posso suportar. Tudo bem que eu tava na TPM quando começou, mas agora, mesmo não mais na TPM, isso me incomoda MUITO, MUITO, MUITO, MUITO, MUITO, MUITO. E eu tenho tanta vontade de gritar: EU ME INCOMODOOOOOO!!!<br />
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Quero ir embora, queria poder ter pra onde ir e ser bem vinda sempre, e não precisar chorar de raiva porque não sou respeitada. Meu Deus, será possível que eu nunca vou poder ter minha vida no lugar? NUNCA? É ISSO MESMO? EU TÔ COM RAIVA, muita raiva, raiva de ser assim como eu sou, incompetente. E TÔ COM MEDO de não passar na prova, de fazer péssima prova, de não conseguir me habituar à vida NUNCA. Eu não me habituo à vida.Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-74519538776744691842012-10-08T05:35:00.001-07:002012-10-08T05:41:09.019-07:00Estou quase de partida pra Natal. Faltam só algumas poucas horas.Tô um pouco ansiosa, mais apreensiva do que com medo. Medo sim, porque é a primeira vez que eu saio do Estado, e ainda mais a ideia de viajar sozinha não me é muito bem vinda. Ainda espero que a Lyanne consiga ir comigo.<br />
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Outubro começou estranho.Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-2339405869718022422012-09-28T20:32:00.000-07:002012-09-28T20:32:35.400-07:00Ele dormindo do meu lado, e eu me sentindo sozinha. :(Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-36623247949437471042012-09-25T20:46:00.000-07:002012-09-25T20:47:04.969-07:00Não poder chorar em casa é muito complicado. Ouvir de quem você ama que vc sempre faz tudo errado, vc sempre é a culpada das brigas tbm. Tava tudo bem, mas eu não sou a culpada, não sou!<br />
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Hoje seria o dia no qual vc, diário, deveria morrer com o término da disciplina. Vc, diário, não precisaria mais viver porque era apenas por causa da ideia do professor Cristian de que seríamos avaliados ao final da disciplina também por meio da escrita de um diário, era apenas por isso que vc existe.<br />
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Com o tempo, por sua causa, eu percebi algumas coisas em mim que eu não gostaria de ver. Não sou perfeita, diário, não sou...eu acredito que posso escrever enquanto eu viver, porque escrever é viver, não, é bem mais do que isso...antes, era sorriso, há algumas horas, agora uma lágrima ridícula deslizando no lado direito da minha narina, correndo delicada e solitária do meu olho.<br />
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Não sou a culpada de tudo, não sou, disso eu tenho certeza. A pessoa começa com umas perguntas que sabe que não tem propósito, que não tem fundamento, e eu entro no embalo das coisas sem propósito, porque sou tão insegura e ciumenta quanto, e ai o veredicto é sempre assim: eu sou a vilã. Parabéns, vc conseguiu mais uma vez que a vilã estragasse tudo.Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-70481542067842688062012-09-20T13:33:00.001-07:002012-09-20T13:36:13.672-07:00Sobre agradecer<div style="text-align: justify;">
Hoje quero agradecer a tudo e todos.</div>
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estou escrevendo o trabalho final da disciplina do Cristian, e tive de reler todo o meu diário-blog, e não é bem o que eu achava que ele era. Reclamei muito, chorei muito, lamentei demais, me senti frustrada, rancorosa, amarga, mas amei, fui amada, ganhei mais do que perdi, enfim. OBRIGADA, Cristian pela oportunidade de fazer de um blog um diário, obrigada Luana, por ter dialogado comigo tantas vezes aqui e no teu diário, obrigada vida, obrigada amor, obrigada Deus e obrigada mundo!</div>
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Não, não to drogada nem bêbada, apenas com pressa pra agradecer e terminar o trabalho ainda hoje rsrs</div>
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;*</div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-46155694662387863572012-08-25T22:52:00.001-07:002012-08-25T22:52:37.854-07:00<div style="text-align: justify;">
Uma pena eu só te procurar pra desabafar...mas estou deprimida, preocupada. Muitas coisas me deixando assim, e ao mesmo tempo, acho que nem tenho motivos. Alguém me falando de fora diria que está tudo bem, minha mãe refez os exames pra saber sobre a suspeita de câncer de mama, e não deu nada (graças a Deus!), tenho uma pessoa que me ama e que eu amo, tenho amigos lindos, poucos é verdade, mas são lindos e me querem bem, consegui defender minha monografia, fui muito elogiada, e hoje em dia me sinto mais segura, só um pouco mais, segunda-feira começou a inscrição pra seleção do mestrado na UFC, e eu estou me preparando (pouco, mas tô!), tentando escrever meu projeto, tentando estudar pra prova...mas há mais ou menos um mês estou vivenciando uma sensação constante de incerteza e expectativa que estão me fazendo mal. O que vem me consolando é que minha mãe e meu noivo estão cientes e os dois, cada um do seu jeito, estão do meu lado, mas estou com muito medo. Há momentos em que eu penso, e parece que as coisas nem são tão ruins assim, mas esses momentos são quase sempre acompanhados por acessos de pavor, horror, medo, angústia! Não ter controle é uma das coisas que mais me fazem perder o controle! Não é um paradoxo? É sim, e eu tenho vivido um monte deles! São quase 3 horas da manhã, acabei de desligar o cel, estava falando com o futuro pai dos meus filhos...nunca essa ideia me deixou tão amedrontada, diário! E se não for, o que pode ser? O que vem por aí? O que? Eu sei que ansiedade piora muito as coisas, sempre, em qualquer situação...e como eu queria, diário, poder te contar abertamente tudo o que eu estou sentindo agora, mas eu não consigo nem conversar comigo mesma sobre isso... tenho guardado muitos medos só pra mim, embora tenha conversado aqui e acolá sobre eles. Só eu sei o pavor misturado com fascinação que eu tenho sentido ultimamente. </div>
Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-77731810976369298082012-08-12T18:55:00.001-07:002012-08-12T18:59:35.091-07:00Nostalgia<div style="text-align: justify;">
Lembrar é um perigo, quando vc guarda mágoa, quando vc acha que não viveu determinados momentos como deveria ter vivido. "Se"..."e se eu tivesse"... típico.</div>
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Hoje foi a cerimônia de encerramento das olimpíadas de Londres, e as Spice Girls se apresentaram, cantando as músicas mais famosas, Wannabe foi a primeira. Ai, tudo bem, mas a noite foi seguindo nostálgica, acho que por causa delas mesmo. Liguei o pc, comecei a procurar Spice no youtube, achei umas mais antigas de outra bandas, ai fui vendo, vendo, e começou aquela sensação ruim de melancolia, ruim em partes, e ai eu pensei no quanto minha infância foi estranha, e o começo da minha adolescência eu era alienada e não sabia, na época. Eu era bem diferente. Desde pequena muito mimada, fui criada pra ser dependente dos meus pais e tias, sempre cuidada com todo o cuidado do mundo, desde que nasci tenho essa insônia que me acompanha até hoje, e como eu passava a noite acordada, só conseguia dormir de manhã. Sempre fui doentinha, por isso cresci com todo o cuidado porque qualquer coisinha eu ficava doente. Sempre que ficava doente, minha mãe gritava comigo porque significava que eu tinha me excedido, não tinha tido cuidado e tal. Sempre fui muito amada, bem cuidada, nunca me faltou nada, mas nunca fui de dar chilique, de ser daquelas crianças que mexem em tudo, sempre fui muito quieta, calada, carinhosa (vejam só! eu era carinhosa!), educada, inteligente. Eu fui uma criança muito acima das expectativas das pessoas. Por isso, cresci ouvindo minha mãe e tias me colocando num pedestal como exemplo, e muitas vezes algumas amigas da minha tia me usavam como exemplo toda vez que uma amiguinha minha na época, que era totalmente o contrário de mim, aprontava. Não preciso dizer, que a amiguinha sempre aprontava comigo e tinha raiva de mim por causa disso. Hoje em dia não nos falamos mais, aliás, o ápice dessa amizade foi quando decidiram matricular minha amiguinha no mesmo colégio onde eu estudava, e todo dia depois da aula, quando ela chegava em casa, contava pras tias todos os meus movimentos, e à noite, as tias iam contar pra minha tia. Curioso eu lembrar disso agora...nem tava lembrando disso enquanto ouvia as músicas nostálgicas, mas de outras três amiguinhas que também não me mereceram. Uma, a que eu mais tinha proximidade, uma vez inventou até um pacto de sangue, e prometeu amor eterno. Outra dizia que eu era uma irmã, e a outra que eu era especial. A primeira, faz uns 6 anos que não nos falamos porque a última vez que nos vimos, que foi num reveillon de 2006 (e eu sempre passava o reveillon e natal com ela), ela e a mãe passaram a noite do dia 31 de dezembro de 2005 toda me humilhando e desfazendo do meu cabelo e roupa e jeito; a segunda, virou uma estranha e até hoje está com um cd emprestado de uma banda que eu gostava muito na época; a terceira, hoje jornalista esportiva de uma emissora local, atriz e super bem resolvida (pelo menos eu acho que bem mais do que na época que a gente se conheceu), quando me encontra em qualquer lugar, finge que não me conhece. Mas nós juramos amor eterno, juramos morar juntas, casarmos com os Backstreet Boys, passarmos as férias em Malibu (pasmem!), nos reunimos em um encontro de fãs dos Backstreet Boys com mais 40 fãs só pra trocar figurinhas, gravávamos nossas vozes cantando Lady Marmelade (foi nessa época que uma delas me deu o apelido de Mya, e passei anos da minha infância-adolescência sendo chamada assim por várias pseudo amigas)...e por que eu to falando tudo isso? Por que eu simplesmente ouvindo essas músicas nostálgicas, senti falta daquele tempo em que nós nos alienávamos juntas, fico pensando em se minha vida seria a mesma ou diferente, se elas não tivessem me magoado tanto.</div>
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Enfim. </div>Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-57078569976772494512012-08-10T09:27:00.002-07:002012-08-10T09:27:37.282-07:00<div style="text-align: justify;">
Ontem, no programa do Jô, teve uma entrevista com uma senhora, esqueci o nome da escritora, mas ela falava muito da Academia Brasileira de Letras, e do seu livro, que o Jô segurava, "O livro das Horas" (tô com preguiça de procurar no Google quem é a autora). Mas ela falava de um jeito tão profundo, com uma sabedoria tão grande, uma sensibilidade tão sem tamanho, sem limites, do tipo de fala que embala, e eu não consegui mudar de canal. Fiquei ouvindo aquela mulher sábia falando, e ela começou a falar de morte, da presença da morte, e justo no dia em que a cunhada da minha prima morreu, uma jovem de 22 anos, morreu às 18 horas, morte cerebral, deixando um bebê de 3 meses de vida. Então, a senhora falou de suicídio, e que fica profundamente triste quando escuta história de jovens que se matam, dizendo que para ela é mais compreensível que pessoas mais vividas, mais velhas, tirem sua vida por desespero, por desesperança, mas jovens não, eles são o símbolo da liberdade, da vida, do começo, são jovens! E me senti ridícula, nesse momento, por já ter pensado em me matar, por já ter sentido, e sentido tanto, a desesperança de quem já teve a vida toda pra tentar ser feliz, e não foi capaz. Que ridículo somos às vezes, meu Deus! Que ridículos! E como eu sou ridícula em me queixar tanto das coisas, enquanto ontem um bebê de apenas 3 meses perdeu a mãezinha, e tem hoje, provavelmente, um pai e uma tia, uma avó e um avô completamente sem rumo, desesperados pela perda irreparável, que nunca sara...uma filha, um amor, uma irmã querida e única...minha mãe perdeu a mãe aos 17 anos, e hoje tenho 23 e agradeço sim, menos do que deveria, por ainda ter minha mãe, com todas as reclamações, as brigas, os mil defeitos, com os nervos em frangalhos, doente, mas viva, sorrindo menos do que antes, do que eu lembro que ela sorria, mesmo com as lágrimas diárias, mas viva! Ela é alguém com uma profunda desesperança no coração, mas está viva, e tudo o que eu queria era que ela um dia pudesse apenas sorrir, e não mais chorar. Será que isso é possível? Espero que sim. E também espero ser feliz por nós duas, um dia, ter a felicidade que ela nunca teve... fiquei pensando...</div>Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-78819497172132849882012-08-06T19:07:00.000-07:002012-08-06T19:07:57.460-07:00<div style="text-align: justify;">
Espero que um dia eu possa escapar daqui, e que esse dia esteja perto. Deixar tudo isso pra trás, começar do zero uma vida cheia de tudo o que me falta agora: paz de espírito, ambiente cheio de boas energias, eu me responsabilizando pelas minhas coisas, do meu jeito. Como nutrir coisas boas, se sentir bem e lúcida, saudável quando se tem ao redor um ambiente cheio de fel, amargura, doença e reclamações de todos os tipos? Como, Deus? Eu me pergunto isso, como hoje, como agora: COMO? Não quero ser assim, não quero ficar doente como essas pessoas, não quero me parecer nem um pouco com elas...</div>
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Preciso de dinheiro. Definitivamente.Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8254394477524584824.post-81624691680232363792012-08-02T16:29:00.001-07:002012-08-02T16:29:32.688-07:00<div style="text-align: justify;">
O fato de eu obter estímulo pra escrever aqui depois de terminar de ler o blog/diário da Luana faz de mim influenciável ou amiga, por compartilhar com ela, não só com ela, mas com quem tiver paciência de vir aqui me ler, ou de fazer ela se sentir menos triste e menos sozinha? Não sei, mas terminei de ler o dela, de ontem, e vim aqui. Fiquei pensando muito em ela ter usado o termo "esquizofrenia" no meio da escrita dela. Ela teve coragem, eu nunca tive de dizer com o coração que a maioria das coisas que eu digo e escrevo são pura esquizofrenia minha. Vc mais uma vez ganhou minha admiração, Luana. Pois é. Ando muito doente. Doente de desânimo, de pensamentos ruins, de arrependimentos, não diria preguiça, diria marasmo. E fora que estou numa TPM que não acaba mais, e brigando o tempo todo com o Gilmax, me irritando o tempo todo com todo mundo...minha mãe ainda tá fazendo vários exames pra saber o que seria o nódulo no seio direito, tá sem falar com o meu pai de novo, enfim, e no mais, várias outras coisas que já não valem a pena ouvir, ainda mais escrever. Tenho dormido todos os dias entre 5 e 6 horas da manhã e acordado entre 13 e 14 horas. De certa forma, acho que isso pode tá contribuindo pra me deixar meio doente, mas talvez não...tenho me alimentado mal, na ânsia de emagrecer (admito, estou com essa ideia idiota na cabeça, porque tenho me sentido pressionada demais)...aliás, me sinto pressionada demais por todos os lados, será que to com mania de perseguição? Eu queria muito me mudar de mim mesma, como hoje estou sentindo assim, mas ao mesmo tempo, agradeço a Deus por ter pelo menos a mim até a morte. Eu me tenho até o dia em que nada mais fizer sentido, nada mais. Ando sentido o quanto Freud estava certo quando falou que amor e ódio andam de mãos dadas. Ele não disse assim, mas é assim que é. </div>
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Tenho planos, mas como sempre, só planos, porque nunca consigo colocar quase nada que planejo em prática. Raramente me sinto satisfeita com alguma coisa. Antes de começar a escrever eu tinha um mundo de coisas pra dizer, pra reclamar, pra agradecer, mas nada mais quer sair de mim. </div>
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É, Luana... vc acertou na palavra: esquizofrênica!</div>Marcelle Silvahttp://www.blogger.com/profile/15313802693443251430noreply@blogger.com0